Rodrigo fora completamente apanhado de surpresa com a súbita
coragem de Tânia. Não contava que ela lhe perguntasse tal coisa.
Tânia
continuava a olhar para Rodrigo esperando alguma resposta vinda dele. Mas este
continuava encostado à parede, de cabeça baixa e braços cruzados sem dizer
qualquer coisa que fosse. Rodrigo tentava a todo o custo arranjar coragem para
poder dizer algo a Tânia mas como há pouco acontecera a Tânia, Rodrigo não a
conseguia arranjar em lugar algum.
O médico não demorou a aparecer
com a ligadura. Enrolou a perna de Tânia e colou adesivo para a ligadura se
poder segurar.
- Já estás pronta. Para a próxima tenta ter mais cuidado. –
Enquanto o médico falava com ela, Rodrigo olhava-a com atenção. Tânia sorriu
para o médico e dirigiu o seu olhar para Rodrigo, que mal ela olhou desviou o
olhar. Parecia que estavam a jogar ao joga do gato e do rato. Quando Tânia
olhava para Rodrigo este desviava o olhar e quando Rodrigo olhava para Tânia
ela desviava o olhar.
O médico saiu do gabinete
deixando Tânia e Rodrigo sozinhos. Rodrigo vira agora uma nova oportunidade de
lhe contar a verdade. Ele tinha cumprido a sua promessa. Conduzira atrás da
ambulância e ficara lá até saber se Tânia se encontrava bem é só depois é que
decidiu abandonar o hospital.
A porta abriu-se novamente com
uma enorme rapidez e por ela apareceu Nico. Notava-se que Nico percorrera todo
a centro de treinos só pela respiração. Nico interrompera no preciso que
Rodrigo lhe iria contar a verdade mas fora novamente interrompido desta vez por
Nico.
Este nem notou a presença de
Rodrigo quando entrou e percorreu a pequena distancia que separava a porta da
maca onde Tânia se encontrava com a mesma rapidez que percorrera o centro.
- Porque é que saíste do sítio onde estavas? Estou à mais de 10 minutos
á tua procura. – Repreendeu Tânia como se fosse uma criança de cinco anos.
- Desculpa, ok? Mas demoraste tanto tempo que decidi investigar o
sítio. – Desculpou-se.
- Isso agora não importa. O que
importa agora é como é que estás? – Falou com o tom meigo de maneira a acalmar
Tânia que não tinha gostado nada da maneira que ele tinha falado.
- Estou bem. – Forçou um sorriso.
- Ainda bem. – Aproximou-se dela e gentilmente depositou um beijo
na testa de Tânia. – Mas como é que
vieste parar aqui? – Nesse preciso momento ouviu-se um grande estrondo. A
porta acabar de ser fechada com uma enorme força. Tânia não precisava de olhar
para saber quem fizera aquele enorme estrondo com a porta. Já Nico ficara
confuso não sabia quem fora o culpado pela aquela porta ter batido com tanta
força.
Enquanto percorriam o parque de estacionamento
Tânia olhou em volta procurando algo que lhe dissesse que Rodrigo não se
tivesse ido embora. Tânia sentia-se mal, afinal fora graças a ele que ela
estava bem e em vez de lhe agradecer fora rude com ele.
Também havia outras razões pelas
quais Tânia queria saber de Rodrigo mas ele resolvera não pensar nisso.
***
Passara uma
semana desde do treino. Tânia não falara com Nico desde dai. Não porque não
quisesse mas porque o tempo era escasso. A escola e as consultas do psicólogo ocupavam
o seu tempo todo.
Então Nico decidira
visitar Tânia. Ele sabia que Tânia ainda se sentia um pouco ressentida pela
forma que ele lhe tinha falado quando a encontrou sentada na maca. Soubera que
quem tinha fechado a porta com aquela força tinha sido Rodrigo e sempre que
tentava falar com ele, Rodrigo arranjava alguma desculpa para que essa conversa
não acontecesse. Mesmo sem saber e sem querendo Tânia estava a destruir uma
amizade que apesar de não ser longa parecia que já se conheciam desde pequenos.
Nico tocou á
campainha de casa de Tânia. E como habitual era Catarina quem abria a porta de
casa.
- Olá Nico! – A voz doce de Catarina
fez Nico olhar em frente.
Devido à
diferença de alturas Nico foi obrigado a baixar-se um pouco para cumprimentar
Catarina.
- Olá! A Tânia está? - Perguntou depois
de Catarina lhe ter dado passagem.
- Não. Ela foi à consulta do psicólogo. Só
deve voltar por volta das sete horas. Pensava que sabias. - Catarina
respondeu com um sorriso amável.
- Esta semana ainda não falei com ela. –
Explicou-lhe. – Sendo assim vou-me embora.
- Porque é que não esperas por ela? – Propôs-lhe.
– E assim ajudas-me a fazer um bolo. Pode
ser?
- Boa ideia. – Nico despiu o casaco e
juntou-se a Catarina na cozinha.
Catarina era
uma pessoa bastante amável e era bastante fácil conversar com ela tinha sempre
opinião sobre qualquer assunto.
- Podes-me passar o fermento. – Pediu Catarina.
- O que é o fermento?
- É esse pó branco. – Catarina respondeu-lhe
enquanto mexia a massa do bolo. Nico olhou para as três taças que se
encontravam à sua frente e todas elas tinham dentro delas um “pó” branco. Nico
conseguiu identificar o açúcar mas das outras duas não sabia qual delas era o
fermento e qual delas era a farinha.
- Podes ser mais precisa? – Pediu-lhe.
Catarina olhou para ele e começou a rir-se.
- Não sabes qual é o fermento? –
Catarina falou tentando controlar a gargalhada.
Nico abanou a
cabeça ligeiramente em negação.
Catarina
esticou-se e pegou na taça que continha o fermento. Verteu o fermento para
dentro da taça maior e voltou a mexer a massa.
Nico observava
Catarina enquanto ela cuidadosamente mexia a massa. Ele nunca reparara as diferenças
que ela e a Tânia tinham. Catarina era loira, Tânia era morena. Catarina tinha
os olhos castanhos, Tânia tinha os olhos azuis. Se não as conhece-se diria que
Catarina era mais nova que Tânia. Catarina parecia estar menos desenvolvida a nível
físico comparado com Tânia.
- Queres experimentar? - A pergunta de
Catarina fez Nico acordar dos seus pensamentos.
- Experimentar o quê?
- A massa do bolo. Estás à algum tempo a
olhar para ela.
- Pode ser. – Tânia afastou-se da
bancada e caminhou até a uma gaveta de onde tirou uma colher. Depois voltou a
caminhar até Nico. Mergulhou a colher na mistura e levou-a até à boca de Nico
que logo se deliciou. Uma pequena gota da massa caiu na camisola de Nico
sujando-a.
Catarina pegou
imediatamente num pano húmido e começou a limpar a nódoa de bolo que havia na
camisola de Nico. Este pegou-lhe nos pulsos porque com a força que ela fazia
para tentar tirar a nódoa já o aleijava. Catarina olhou para ele. Sentia o seu
coração a palpitar quando viu a cara de Nico. E sem ela esperar Nico beijou-a.
Olá!
Peço imensa desculpa por só actualizar a fic mas a falta de inspiração apoderou-se de mim é parecia que não queria sair.
Não estou muito contente com o capitulo mas foi o que me saiu.
Espero que esteja do vosso agrado e que comentem que é muito importante para mim. Agradecia que todas as que lessem comentassem era mesmo muito importante. Pedia também a quem comenta em anónimo que se identificasse.
Bejinhos,
Tânia
Podes ficar contente, está ótimo, fico à espera de mais!
ResponderEliminarMafalda
Olá.
ResponderEliminarNico sempre inoportuno xb
Mas não estava nada à espera com este bejo à Catarina.
Quero mais.