segunda-feira, 1 de julho de 2013

38º Capitulo

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    Tânia tentava controlar as lágrimas. Ela esperava encontra-lo assim que saísse daquele sitio que odiava. Mas não. Ele não estava lá. Talvez nem tenha lá estado e ele prometera que iria segui-los até ao hospital.
    Viu a sua mãe sentada numa cadeira com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos na cara. Juntamente com ela estava a sua irmã numa tentativa de acalmar a sua mãe que estava bastante chorosa.
    Catarina desviou o olhar para a porta que dava acesso à parte hospitalar e viu Tânia sair dele. Avisou a sua mãe que rapidamente caminhou até Tânia. Abraçou com uma força imaginável e ainda lhe encheu a cara com pequenos beijos. Ambas ficaram mais descansadas depois de a enfermeira as ter posto a par das ocorrências. Informou-lhes que durante um indeterminado tempo Tânia seria acompanhada por um psicólogo, coisa que não era bem aceito por Tânia. Não estava nos seus planos por lá os pés. A enfermeira loira entregou um papel com o horário das consultas. As consultas iriam ter lugar a sua sexta à tarde por volta das cinco.
    Com a ajuda das canadianas e da sua irmã caminharam até ao carro. Era a primeira vez que ela andava com canadianas e ela odiava. Mas podia espera para se livrar delas.
    A viagem até casa parecia nunca mais acabar. Estava farta de estar dentro daquele carro. Estava encostada ao vidro da janela sempre com o pensamento nele. Mas porque é que ele prometera que iria estar lá se não a cumpriu?
    Sem querer pequenas lágrimas começaram a cair-lhe pelo rosto. Apressou-se a limpa-las para que a sua mãe e irmã não notassem.
***
    Tânia encontrava-se sentada na cama, onde estivera durante toda a tarde. Agora folheava o seu livro de História de modo a poder relembrar a matéria dada. Mas por mais que quisesse não conseguia. Estava com calor e farta de estar sentada na cama. Posou o livro nas pernas e pegou na carteira que estava a seu lado e procurou o seu telemóvel. Vasculhou a carteira toda mas não havia sinais do pequeno aparelho. Atirou o livro para o chão e chamou a sua irmã, que rapidamente entrou no seu quarto.
    - Sabes onde está o meu telemóvel? – Perguntou dirigindo o olhar para a rapariga loira. Voltou a procurar na carteira e só depois se lembrou que a ultima pessoa a ter tocado no telemóvel tinha sido Rodrigo. Será que ele tinha ficado com o seu telemóvel? Seria possível pois ele não tinha seguido a ambulância até hospital. E agora como iria recuperar o seu telemóvel? Não podia nem queria olhar para ele.
   - Não desculpa. – E saiu do quarto. Suspirou alto. Ele não tinha a tinha seguido. Ela ainda tinha esperança que pudesse estar enganada mas era verdade ele não tinha lá estado.
    Jantou ali no quarto e ainda teve direito à companhia de Nico que soubera de tudo o que acontecera. Não de tudo porque Tânia ocultara o facto de ter sido o Rodrigo a estar presente naquele acidente.

***
    Rodrigo acabara de chegara a casa. Sentia-se exausto tanto fisicamente como mentalmente. As imagens de Tânia a entrar para a ambulância passavam consecutivamente na sua mente.
    Atirou todas as coisas que tinha nos bolsos para cima do sofá. E ai reparou que tinha ficado com o telemóvel de Tânia. Isto não podia ter acontecido. Ele não podia ter ficado como telemóvel dele. E agora? Como é que ele fazia para lhe devolver o telemóvel?
    Deixou-o estar ali no sofá e dirigiu-se para a casa de banho, onde tomou um longo banho de modo a poder relaxar.


    Estava sentado a ver televisão mais propriamente a fazer zapping quando a campainha tocou. Estranho. Ele não estava à espera de ninguém principalmente a esta hora. Posou o comando e antes de abrir a porta foi vestir uma camisola. Enquanto voltava do quarto voltaram a tocar à campainha.
    - Só um bocadinho. – Falou antes de abrir a porta. Abriu a e por detrás estava o Nico.
    - Estavas a dormir? – Perguntou Nico depois de entrar.
    - Quase. – Coçou ligeiramente a cabeça. – Mas passa-se alguma coisa? – Perguntou depois de olhar para a cara de Nico que não era das mais felizes.
   - Acho melhores sentarmo-nos. – Falou dirigindo-se para a sala. Rodrigo seguiu-o. Estava de facto preocupado. Mas o que é que se passara para que ele lhe viesse bater à porta a estas horas?
    - Estás a deixar-me preocupado. O que é que se passa? – Perguntou visivelmente preocupado.
    - Bem…- Respirou fundo antes de continuar a falar. – A Tânia esteve envolvida num acidente.
    - O quê? – Rodrigo tentou fazer-se de surpreendido porque ele já sabia. Ele tinha assistido a tudo. - Mas ela está bem? – Perguntou. Na verdade ele não sabia se ela estava bem ou não. Tinha-se ido embora depois de comunicar o sucedido à família dela.
    - Está. Os médicos disseram que não era nada de grave mas disseram que por tempo indeterminado teria de ser acompanhada por um psicólogo. – Esta última informação tinha apanhado Rodrigo desprevenido.
***
    Já fazia algum tempo que Nico tinha abandonado o quarto de Tânia. Esta encontrava-se novamente sozinha.
    Ela estava aborrecida e farta de estar ali. Ela queria poder levantar-se e andar sem ter de se apoiar nas malditas canadianas.
    Pegou num livro que já estava meio lido. Nestes últimos tempos não tivera tempo para lê-lo.
    Não demorou muito para que se sentisse totalmente concentrada na história do livro. Era de facto fascinante aquela história.
    A sua leitura foi interrompida pelo bater da porta do se quarto.
   - Entre. – Falou e voltou os seus olhos novamente para o livro. Ouviu a porta a abrir e depois a fechar. Moveu o olhar para o corpo que estava em frente à porta e ficou surpreendida. – Flávio?!

4 comentários:

  1. Esta fantastico adorei dorei adorei .
    Quero o proximo.bjs

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  2. O próximo rápido sff ((:
    adorei e quero saber o que o Flávio foi lá fazer ihih
    além disso ela tem que falar rapidamente com o Rodrigo, eles têm que resolver as coisas :o


    besos, Débora*

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  3. Olá.
    Mas que grande confusão.
    O que se passa na cabeça do Rodrigo??
    E qual é a ideia por detrás do regresso do Flávio?
    Próximos

    Beijinhos

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