sábado, 26 de janeiro de 2013

30º Capitulo – “Tu… tu… tu prometes-te”

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(Nico)
Assim que lhe perguntei o que passava pela minha mente, ela arregalou os olhos. Aposto que se ela estivesse a beber água tinha me molhado todo. Ela permaneceu calada. Sinceramente não sabia o que aquilo queria dizer. Gosta ou não dele? Ela coçou ligeiramente a testa.
- Então? – Falei impaciente.
Por um lado queria saber pois assim ficava tudo esclarecido mas pelo outro tinha medo, medo de ela me dizer que o ama e que eu para ela sou apenas amigo. Ela já o me tinha dito mas sempre tive aquela esperança. Afinal ela é a ultima a morrer, não é?
- Eu…eu…- Ela estava a hesitar. Isso queria dizer alguma coisa? – Mas porque é que queres saber isso? – Mudou totalmente o assunto da conversa. Será que o meu coração tinha razão? Ela gostava dele, só que não me dizia porque tinha medo me contar porque sabia que eu poderia reagir mal.
- Tânia! Prefiro que me contes, de que vir a saber por outros. – Ela suspirou. – Prometo que não me afasto de ti apesar do que disseres aqui.
- Prometes? – Perguntou para se assegurar que dizia a verdade. Eu estava a prometer aquilo mas sinceramente não sabia como iria reagir se ela me dissesse que o amava a ele e não a mim. Abanei a cabeça em sinal de afirmativo.
Ela respirou fundo para ganhar coragem. Era agora. Era agora que ela me ia dizer uma vez por todas se gostava dele ou não.
De repente arrependi-me de lhe ter perguntado, não quero saber a resposta. Quero que a nossa amizade fique igual. Não quero ouvir ela a dizer-me que o ama e que eu sou apenas um amigo. Vai doer demasiado e eu não quero voltar a sofrer por causa de uma rapariga. Por causa do amor que sinto e que não é correspondido. Já passei por isso e é muito doloroso. Não digas nada por favor. Imploro-te.
Não conseguia parar quieto com as mãos. Era um vício, não era bem um vício, era um sinal de nervosismo.
- É bastante contraditório o que eu sinto por ele. – Como assim contraditório? – As vezes tenho vontade de o esbofetear mas outra a minha vontade de o beijar até não conseguir mais respirar. – Eu sabia. Ela gosta dele. E eu?
- Ama-lo? – Queria ter a certeza. O meu coração batia descompassadamente. Nunca o meu coração batera assim tão rápido. Mas também nunca gostara assim tanto de uma rapariga. Sem me aperceber uma lágrima escorre pelo meu rosto. Limpei-a imediatamente. Não queria que ela visse que me estava a destroçar completamente.
- Talvez… - Disse num sussurro mas ainda audível. Olhei directamente para os olhos dela. Era a primeira vez desde do início da conversa. Já várias lágrimas escorriam pelo meu rosto. Ela apressou-se a limpa-las com o seu polegar. Retirei a sua mão da minha cara.
- E eu? – Apesar de saber o que ela iria dizer queria que ela o voltasse a dizer. Se me iria destroçar ainda mais? Iria mas assim esclarecia o meu coração. Assim que lhe perguntei ela baixou o olhar.
- Eu só te consigo ver como um amigo. Desculpa. – E as minhas esperanças desapareceram a voar. Ai vai ela embora juntamente com o meu coração que ficou reduzido a nada.
- Sai… - Pedi-lhe. – Por favor vai-te embora. – Olhei para ela. Vi que os seus olhos estavam a ficar humedecidos. Desviei o olhar. Não a queria ver chorar por mim causa. Por causa de eu não aguentar o que ela disse que me destruiu o coração em pedaços mas que o reduz em pó quando a vejo a chorar sabendo que o culpado sou eu. – Não consigo estar na tua presença. – Disse ligando a TV. De repente comecei a ouvir os seus soluços causados pelo seu choro.
- Tu… tu… tu prometes-te. – Disse fungando. Ela tentava não chorar mas assim que a olhei ela desatou a chorar intensamente. Doía mais vê-la chorar por minha culpa do que ela me dizer que não sentia o mesmo por mim.
Ela passou as mãos pela sua cara limpando logo as lágrimas que desciam brutalmente pela sua cara. Ela levantou-se, pegou nas suas coisas e saiu da divisão. Naquele momento percebi o quanto parvo eu tinha sido. Levantei-me rapidamente. Assim que estava em pé uma dor forte apoderou-se do meu pé mas não queria saber, a única coisa que queria saber era da Tânia. Corri o mais rápido que o meu pé permitiu. Ela estava a abrir a porta mas eu não permiti que a abrisse mais e fechei-a. Ela olhou-me com cara de quem não estava a perceber o que estava acontecer.
Quis ser egoísta. Quero a só para mim. Tenho esse direito, não é? Esqueci por momentos o que ela me havia dito á momentos e beijei-a com todo o amor que sinto por ela. Ao contrário do que pensei ela correspondeu ao beijo mas lágrimas voltaram a cair pelo seu rosto. Parei de beija-la e com os meus polegares limpei-lhe as lágrimas que escorriam. Ela continuava com os olhos fechados e foi por sua iniciativa que nos voltamos a beijar. Não sabia o que lhe estava a passar pela cabeça.
Puxei-a ainda mais para mim anulando assim o espaço existente entre nós. Uma coisa levou á outra e quando reparei já estávamos os dois deitados na minha cama.


Como ficará amizade deles depois destas revelações?

domingo, 20 de janeiro de 2013

29º Capitulo – “Eu amo-te, porra!”

 

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(Flávio)

Ao que parece este não tem sido o meu ano, depois de ter saído do hospital ainda com algumas mazelas que ainda se faziam notar no meu rosto e em todo o corpo quase que ia sendo atropelado. Fiquei com o coração nas mãos, não queria ir novamente para uma cama de hospital.

Tive sorte que ele parou a tempo e o carro nem me tocou. De lá dentro saiu o Rodrigo, jogador do grande glorioso. Vi que tinha ficado preocupado mas depressa o descansei afirmando que estava bem.

O dia seguinte chegou e com isso o meu regresso ás aulas. Na verdade não tinha muitas saudades daquilo, apenas tinha saudades de entrar por aquele porta e ver a Tânia com o seu maior sorriso. Posso ficar aqui a fantasiar sobre ela, é o que neste momento só posso fazer. Porque se me tentasse aproximar dela, não tinha as menores duvidas que ela me dava um par de estalos.

Cheguei á escola e toda a gente que conhecia veio ter comigo a perguntar se já estava melhor. Respondi-lhes que sim mas o meu olhar percorria aquela gente toda para ver se a encontrava mas não.

Tocou e fui para a sala. Quando entrei deparei-me com o lugar que havia ao lado da Tânia vazio. Era a minha oportunidade. Não perdi tempo e sentei-me a seu lado.

Ela voltou-se para mim com um sorriso nos lábios pensando que seria a Madalena que se tinha sentado a seu lado mas quando me viu o seu sorriso desapareceu e voltou-se rapidamente para a frente.

- Olá! – Falei na esperança que ela me falasse de volta. – Tudo bem? -Ela olhou para mim com cara de poucos amigos.

- O que é que queres? – Disparou. Sabia que iria ser difícil voltar a aproximar-me dela.

Não respondi mais visto que a stora entrou na sala. Depois de todos me desejarem as melhoras começamos a dar matéria. Estava mesmo á toa. Não percebia nada daquilo.

- Podes-me ajudar neste exercício? – Pedi-lhe apontando para o mesmo. Olhou-me e depois pegou na minha folha e começou a explicar.

Por mais que quisesse estar atento ao que ela explicava, não conseguia para de olhar para ela. Amava da forma dela de falar, de explicar, de por o cabelo para trás da orelha, amava tudo nela.

- Estás-me a ouvir? – Disse estalando os dedos em frente da minha cara para me acordar do transe em que estava.

- És linda! – Não resisti em dizer. Ela revirou os olhos e continuou a explicar mas mais uma vez não consegui estar atento ao que ela dizia.

-Importas-te de estar atento. Estou aqui á milhares de anos a tentar explicar-te as coisas e tu estás sempre distraído. – Refilou. Continuou a explicar e finalmente consegui perceber. Ela voltou a fazer o seu exercício.

Rasguei um pouco de um papel que tinha na mochila e escrevi nele.

“ Sabes bem que eu te amo!”

Ao que ela respondeu.

“ Quem ama não trai.”

Tocou e ela rapidamente saiu da sala e eu fiquei a olhar para o papel. Arrumei as minhas coisas e fui á procura dela. Encontrei-a junto a uns colegas e assim que cheguei ao pé deles puxei-a pelo braço e afastei-me um pouco deles.

- Ainda não acabamos de falar.

- Nem começamos portanto não estou a ver qual é a tua.

- Não estás! Eu amo-te, porra!

- Ai amas!? – Gritou. – Que raio de amor era esse? Quem ama não trai. E pelos visto não me amavas tanto como dizes. Eu senti-me lixo quando descobri que me traias-te. – Neste preciso memento já colegas nossos se tinham juntando a nós para perceber o que era aquela gritaria toda. – Percebe Flávio acabou. Eu já não te amo. Segue em frente que eu já fiz o mesmo. Vai meter os cornos a quem quiseres mas a mim já não voltas a fazer isso. – Disse com alguns do nossos colegas a segurarem-na pois estava a ver que ela me batia. Sinceramente não ia doer mais do que as palavras que ela acabava de proferir.

(Tânia)

Depois daquela pequena discussão com o Flávio finalmente senti-me livre. Aquele capítulo da minha vida tinha ficado encerrado e nunca mais se iria abrir. Sorri com esse pensamento.

- Estou a ver que aquela discussão te fez bem.

- É. Finalmente posso por o passado para trás das costas.

- E podes começar a pensar no presente. E a primeira coisa que devias fazer era falar com o Rodrigo. – Olhei para ela de uma forma que mais parecia que a ia matar.

- Madalena, não comeces. – Odeio quando ela começa com esta conversa.

Continuamos a conversar sempre sem mencionar o nome Rodrigo e Flávio até que recebo uma mensagem do Nico a dizer-me que precisava de se encontrar comigo rapidamente. Não percebi o porque da mensagem e quando as aulas acabaram fui rapidamente até a casa dele.

Assim que cheguei fiquei surpresa quando ele abriu a porta. Estava de canadianas. Cumprimentei-o.

- O que é que se passou? – Perguntei enquanto nos sentávamos no sofá.

- Aleijei-me no treino.

- Mas vais ficar bem?

- Sim. Vou é ficar um mês e meio sem jogar. – Notei uma grande tristeza na sua cara. Mas quem teria sido o palhaço que terá feito aquilo?

- Mas quem é que te fez isso?

- O Rodrigo! – Fiquei chocada mas como é que ele podia? Por que razão fez o que fez ao Nico.

- Mas porque é que ele te fez isso?

- Não sei. Diz-me tu. – Não estava a perceber onde ele queria chegar. Mas porque carga de água haveria eu de saber a razão pela qual ele fez aquilo. Ele pela mim cara percebeu que eu não estava a entender o que ele queria dizer.

- O que queres dizer com isso?

- Vou ser mais explícito. Tu gostas do Rodrigo?

O que responderá Tânia?

Olá!

Primeiro queria a vos pedir desculpa por não ter atualizado a fic no fim de semana passado mas infelizmente fiquei doente, chegando a ter febre e não consegui fazer nada.

Segundo notei que os comentários no ultimo capitulo não foram muitos e gostava que deixassem o vosso feedback. É importante para mim.

Espero que gostem e comentem.

Bjs Tânia

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

28º capitulo – “Você está bem?”

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Rodrigo)

Sai o mais rápido daquela sala, não conseguia estar ali nem mais um segundo na sua presença, era doloroso demais saber que um dos meus melhores amigos gostava da mesma rapariga que eu e que tinha uma pequena vantagem sobre o coração dela visto que eles se davam bem o que connosco acontece precisamente o contrário.

Dirigi-me para a garagem o mais rápido possível. Passei pelos meus colegas de equipa sem me despedir coisa que eles estranharam visto que me chamaram. Eu apenas levantei a mão em forma de despedimento.

Entrei no carro e comecei a conduzir o carro o mais rápido possível. Estava a conduzir com o pensamento no que o Nico disse. Será que o sentimento dele era correspondido? Ou que já estavam numa relação? Pelo que vi no café quando eles entraram muito cúmplices era o mais provável. E eu aqui feito palhaço a pensar que posso ter uma oportunidade com ela.

Com os meus pensamentos fiquei de tal maneira distraído que quase ia atropelando um rapaz. A sorte é que reparei a tempo e travei a fundo ficando o carro a escassos centímetros do rapaz. Sai rapidamente do carro para verificar que o rapaz estava bem.

- Você está bem? – Perguntei assim que cheguei perto dele.

- Estou inteiro portanto posso dizer que estou bem. -Sorriu. Fiquei aliviado por ele não ter tido mazelas físicas. Já tinha aleijado uma pessoa não queria aleijar outra. Acho que não aguentava.

- Estava tão distraído que não reparei em você. Hoje não está a ser o meu melhor dia.

- Isso acontece a toda a gente. Desculpa a minha indelicadeza mas tu não o Rodrigo que joga no Benfica? – Perguntou coçando a cabeça.

- Sou.

- Meu, tu és um máximo. Já agora sou o Flávio. – Disse enquanto apertávamos as mãos. Sorri. Era bastante agradável ser reconhecido e elogiado pelos adeptos do clube que represento com bastante orgulho.

Depois de verificar novamente que estava bem, despedi-me e voltei a fazer a viagem para casa.

Quando lá cheguei, entrei pousando o saco no hall de entrada. Segui para a sala onde me deitei no sofá acabando por adormecer com a Tânia a reinar os meus pensamentos.

(Tânia)

Depois de eles se terem despedido de nós, fiquei mais um pouco na companhia da Madalena mas com o telefonema da minha mãe a dizer-me para ir para casa. E assim fiz.

Rapidamente cheguei a casa. Depois de cumprimentar as pessoas que estavam em casa que era só a minha mãe e a minha irmã, fui para o quarto onde preparei as coisas para amanhã visto que amanhã já havia aulas.

Quando acabei de prepara as coisas fui juntar á minha mãe e irmã para jantar para a seguir ir directamente para o meu quarto.

Acordei e fiz a minha rotina habitual.

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Como já estava atrasada, peguei numa maçã e fui me embora. Como já tinha perdido o autocarro, caminhei o mais rápido possível para a escola. Cheguei mesmo em cima do toque.

Cheguei á sala e ainda não tinha visto a Madalena. Sentei-me numa mesa livre e rapidamente o lugar ao lado foi ocupado. Achei que era a Madalena mas assim que virei para o lado pude constatar que não era. Infelizmente era o Flávio.

O que acontecerá neste reencontro?

Olá!

Aqui fica o primeiro capitulo do ano! E como ano novo, vida nova decidi mudar o fundo do blog. Que acham?

Espero que gostem e comentem.

Mais uma vez Feliz ano novo!

Beijo Tânia