sábado, 28 de julho de 2012

11º Capítulo – “O que se passa?”


Tânia

Estava a cantar quando sou interrompida por uma voz que me faz assustar.
… - Desculpe…
Tânia – Ahhhh!
… - Calma!
Tânia – Desculpa. Assustei-me.
… - Sou assim tão feio?
Tânia – Claro que não.
…- Se o diz.
Tânia – Podes-me tratar por tu.
… - Ok. Já agora sou o Nico Gaitán.
Tânia – Eu sou a Tânia.
Nico – Prazer em conhecer-te Tânia.
Tânia – Vais querer alguma coisa?
Nico – Sim. Uma garrafa de água.
Tânia – Aqui tens.
Nico – Obrigado. Bom tenho que ir. Prazer em conhecer-te. – Assim que se afastou respirei de alivio mas não por muito tempo pois ele tinha voltado para trás. – Já agora, cantas muito bem. – Fez um sorriso maravilhoso.
Tânia – Obrigada.
Nico – Vemo-nos por aí. – Agora sim tinha ido embora definitivamente. Voltei a respirar de alívio. Ainda estava a recuperar do susto quando aparece a Madalena vinda do nada.
Madalena – Algum problema?
Tânia – Porra, hoje tiraram o dia para me assustar.
Madalena – Estás a falar ali do Gaitán?
Tânia – O quê?
Madalena – Eu assisti á cena toda. Desde do inicio.
Tânia – E o que é que tem?
Madalena – E o que é que tem? É que para o Rodrigo és mais fria do que um gelo e agora ali para o Senhor Gaitán já estavas com os teus sorrisos.
Tânia – Só estava a ser simpática.
Madalena – Claro que estavas. – Ironizou.
Tânia – Pois estava ou queres perder o emprego por causa de mim.
Madalena – Sabes que o que adoro?
Tânia – P’ra que essa pergunta agora?
Madalena – Mas sabes ou não?
Tânia – Sei que adoras café, gelado de baunilha…
Madalena – Ai rapariga não é isso.
Tânia – Então é o que?
Madalena – Adora quando inventas argumentos para teres razão.
Tânia – Mas eu não inventei nada.
Madalena – Não era por seres um pouco arrogante para ele que iria perder o meu trabalho.
Tânia – Claro que podias. Ele é um jogador da casa. – Não sei o porquê mas ela desmanchou-se a rir.
Madalena – A sério? Não tinhas mais argumentos.
Tânia – Não.
Não falou mais nada visto que começou a chegar bastante gente. Avisei-a que tinha de ir embora pois a minha mãe já me tinha telefonado a dizer para ir para casa. Despedi-me dela e sai do bar.
Estava a ir na direcção do metro quando oiço alguém gritar por mim. Por momentos pensei que era o Rodrigo e então pedi a todos os santinhos para que não fosse. Olhei para trás para confirmar quem era e vi que era o Gaitán. Suspirei de alívio.
Tânia – Ainda por aqui?
Nico – Sim. Eu pensei que estivesses a trabalhar. – Vi que estava bastante cansado o que me fez sorrir. – Estás-te a rir de quê?
Tânia – Primeiro, eu não trabalho no bar e segundo para um jogador de futebol que corre durante 90 minutos, correste só aquele bocadinho e já estás a morrer.
Nico – Eu não estou a morrer. Apenas estou um pouco mais cansado porque de manhã tive treino. Mas tu disseste que não trabalhas no bar.
Tânia – E não trabalho. Estava lá apenas porque a minha amiga Madalena, é ela que trabalha lá, teve de ir à casa de banho.
Nico – Humm. Já vais para casa?
Tânia – Yap. Mas porquê?
Nico – Queria-te perguntar se querias ir jantar comigo mas pelos vistos não vai dar.
Tânia – Hoje não. Mas podíamos combinar para outro dia que dê jeito aos dois.
Nico – Ok
Trocamos números de telemóvel e despedimo-nos um do outro com um beijo na cara.
Cheguei a casa por volta das oito. Já o jantar estava pronto. Depois de jantar e de estar um pouco à conversa com a minha mãe e a minha irmã, fui-me deitar. Estava cansada. Mas uma coisa não me saia do pensamento. Será que a Madalena tinha razão? Claro que não. Que parvoíce.

***

Acordei e fiz o habitual, tomei banho, vesti-me e tomei o pequeno-almoço e fui para a escola.
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Cheguei à escola e ainda não estava ninguém da turma portanto sentei-me num dos bancos que havia no jardim à frente da escola, a fumar.
Não demorou muito até alguns dos meus colegas se juntarem em mim. Pouco depois chegou a Madalena.
Estávamos a conversar quando uma colega nossa chega a correr.
Tânia – Calma Cláudia! Nós não fugimos.
Cláudia – Pois. Mas eu tenho de vos perguntar uma coisa.
Tânia – O que se passa?
Cláudia – Já sabem o que aconteceu ao Flávio? – Assim que ouvi a pergunta o meu coração começou a bater rapidamente.
Tânia – O que é que aconteceu ao Flávio?
 
 




Olá!
Consegui arranjar um tempinho para escrever um capitulo. Mas como podem ver não foi muito visto que o capitulo é pequenino.
Queria saber se gostam do novo “visual” do blogue ou gostavam mais do outro.
Bjs Tânia

sábado, 21 de julho de 2012

10º Capitulo – “Era suposto me ofender?”


Tânia


Continuei a andar até que alguém vindo do nada vem contra mim com tanta força que me derruba.
… - Me desculpa! Não tinha visto você.
Tânia – Não faz mal. – Pela primeira vez olhei para ele. Não acredito com tantas pessoas que podiam vir contra mim tinha mesmo de ser ele. – O que é que estás aqui a fazer?
Rodrigo – Isso pergunto eu, né? Que eu saiba estou no meu local de trabalho.
Tânia – O que é que tens a ver com isso?
Rodrigo – Você tem uma grande lata.
Tânia – Eu uma grande lata!! Ahhhh deixa-me rir.
Rodrigo – Cê tá a vontade.
Tânia – Ainda bem. Xau. – Ele agarrou-me no braço impedindo-me de ir embora.
Rodrigo – Cê ainda não me respondeu.
Tânia – Ouve lá ó cafezinho com leite sem nata, eu não te tenho que dar explicações.
Rodrigo – Cafezinho com leite sem nata! Era suposto me ofender?
Tânia – Não. Se eu quisesse ofender não era com cafezinho.
Rodrigo – Então era com…
Tânia – Não te vou dizer. Porque não quero ser desagradável.
Rodrigo – Quando me conheceu cê foi desagradável e não se importou e agora cê se importa de o ser. Se resolva garota.
Tânia - Eu não vou ser desagradável porque agora venho cá mais vezes.
Rodrigo – Cê vai trabalha aqui?
Tânia – Não. Mas a Madalena vai portanto não quero criar mau ambiente para ela.
Rodrigo – Quer dizer que vou ver você mais vezes?
Tânia – Não. Quer dizer que vais ver a Madalena mais vezes.
Rodrigo – Mas cê disse que iria vir cá mais vezes.
Tânia – Sim. Estar com a Madalena.
Rodrigo – Cê sabe que o trabalho que a Madalena está, ela tem de conviver connosco.
Tânia – Pois ela convive convosco, eu não.
Rodrigo – Mas vai olhar.
Tânia – Não tens que ir dar uns pontapés na bola?
Rodrigo – Que, cê já se quer ver livre de mim? – Aproximou-se bastante de mim. A cara dele estava a sensivelmente dois centímetros
Tânia – Quero.
Rodrigo – Cê é mazinha, sabia?
Tânia – Sim, já me disseram isso hoje.
Rodrigo – E quem falou isso?
Tânia – Uma pessoa que não conheces.
Rodrigo – Se você disser posso até conhecer.
Tânia – Chama-se Flávio.
Rodrigo – O seu ex-namorado!
Tânia – Como é que tu… - Fui interrompida pela Madalena.
Madalena – Finalmente que te encontro. – reparou no Rodrigo. – Oh! Olá Rodrigo. Estás aqui à muito tempo?
Rodrigo – Não. Só me estava certificando que a Tânia estava bem. Como está bem até demais, vou indo. Xau.
Foi-se embora. Finalmente pensei para mim. É mesmo um chato.
Madalena – Porque é que ele disse aquilo?
Tânia – Porque ele é tão grande que não vê as pessoas mais baixas e vai contra elas fazendo-as cair.
Nós até tínhamos uma grande diferença de alturas visto que eu só media 1.58m e ele devia medir mais ou menos 1.80m. portanto eram 22 cm a mais.
Madalena – Humhum. Isso anda a ficar bastante interessante entre vocês.
Tânia – Enquanto tiveste na casa de banho, bebes-te foi?
Madalena – Não. Porque?
Tânia – É o que parece.
Madalena – Olha, vocês até têm uma grande química. Ele já percebeu isso, tu é que não.
Tânia – Está confirmado. Andas-te no vinho.
Madalena – Ele até podia ajudar-te a esquecer o Flávio.
Não lhe disse mais até porque chegamos á secretária onde a Madalena se tinha de apresentar. Enquanto ela foi para dentro da sala de reuniões, eu fiquei cá fora á espera dela. Estive mais ou menos 30 min à espera dela. Quando ela saiu da sala ia com uma senhora e iam conhecer o estádio. Lógico que a Madalena perguntou se não havia problema em eu ir ao que a senhora respondeu que não.
Conhecemos o bar, era aí que a Madalena ia trabalhar. Bem tinha razão o Rodrigo, ela teria de conviver com eles. Depois de termos conhecido tudo o que é canto. Chegou a vez de conhecer o relvado e ai o meu coração começou a bater bem rápido visto que eles hoje estavam a ter treino aqui no estádio. Mas porque é que tinha que ser hoje? Podia ter sido amanhã.
Assim que entramos pela parte das bancadas percebi que o treino era à porta aberta o que descansou o meu coração. Não corria o risco de ele me ver.
Madalena – Mais descansada?
Tânia – O que é que estás p’raí a falar?
Madalena – Pensas que eu não notei. Mal a Vanessa disse que iríamos visitar o relvado que ficaste logo toda nervosa.
Tânia – Foi impressão tua. Não tinha nada para estar nervosa.
Madalena – Estás a crer enganar quem? Se eu à pouco não tivesse aparecido provavelmente tinham-se beijado.
Tânia – Cala-te. Cada vez que abres a boca ou entra mosca ou sai asneira.
Madalena – Claro que sai sempre asneira. Mas não te esqueças que muitas vezes concordas com as asneiras que eu digo.
Tânia – Olha, por acaso foste tu que falaste sobre o Flávio ao Rodrigo?
Madalena – Pois… Isso…É que…
Tânia – Já vi que foste tu. Mas quem é que poderia ser né?
Madalena – Desculpa.
Tânia – Mas andas-te a engolir CD’S com a palavra desculpa. Estou-me a lixar p’ra que saiba ou não. O Flávio é passado.
Madalena – Ta bem. Agora deixa-me ver o treino.
Tânia – Alguém em especial?
Madalena – Não. São todos giros.
Tânia – Ok.
Não lhe disse mais nada porque percebi que estava mesmo atenta ao treino. Quase no fim do treino ouvi uma coisa que não me agradou mesmo nada.
…- Ai, o Rodrigo é mesmo lindo.
…- Pois é. Mas sabes uma coisa?
… - O quê?
…- Estás a ver esta rapariga à minha frente?
… - Sim. O que é que tem?
…- Antes do treino ela estava a falar com o Rodrigo e quase se beijaram.
…- Será que são namorados?
…- Achas?! Ele tem bom gosto.
…- Mas pelo que vi dela. Ela até é bastante bonita.
…- Bates-te com a cabeça, foi?
Não aguentei mais ouvir a conversa e tive de entrevir.
Tânia – Desculpem lá interromper a vossa conversa. Primeiro é muito feio falar mal nas costas de uma pessoa. Segundo eu não namoro com o Rodrigo preferia morrer em vez de namorar com ele compreendido? Ou querem que vos faça um desenho? – Assim que acabei de falar peguei na carteira e sai dali. Não estava para aturar aquilo.
Sentei-me num banco que estava por fora do estádio. Fiquei ai à espera da Madalena. Pouco depois apareceu.
Madalena – Podes explicar-me o que aconteceu lá dentro?
Tânia – Nada de especial. Estava farta de lá estar.
Madalena – Sim. E esse fartar tem a ver com a conversa das garotas.
Tânia – Porque haveria de ter? São crianças.
Madalena – Exacto. Crianças. Não percebo qual é o problema.
Tânia – O problema é que andam a insinuar coisas.
Madalena – Ahhhh! Agora percebi. Ficaste chateada por elas insinuarem que namoras com o Rodrigo. És uma parva.
Tânia – Agora partes para as ofensas.
Madalena – É verdade. Todas as raparigas gostavam de ser namorada do Rodrigo. Ou até o namoro ser um rumor. E tu ficas logo chateada. Sinceramente.
Tânia – Sabes bem que não vou com a cara dele.
Madalena – Só não vais com a cara dele por causa do que aconteceu e então subiste a tua guarda e agora pensas que todos os rapazes são iguais.
Tânia – E não são?
Madalena – Não. Só são na tua cabeça. Nem todos são uns canalhas como o Flávio. Se deixasses o Rodrigo entrar na tua vida provavelmente percebias isso. Só que tu és uma casmurra de primeira.
Tânia – Como queiras. Quando conheças a trabalhar?
Madalena – Amanhã! E tu vens comigo.
Tânia – Não haver problema?
Madalena – Achas. Vamos mas é embora que eu tenho mais que fazer.
Apanhamos o metro. Ela saiu em S. Sebastião e continuei até à Alameda. Cheguei a casa estafada. A conversa que tinha tido com a Madalena ainda pairava na minha cabeça. Será que ela tinha razão?
Não pensei mais nisso. Jantei, arrumei a cozinha e fui-me deitar. Dormi sobre o assunto “Rodrigo”.
***
Acordei bem disposta. Tratei da minha higiene pessoal e vesti-me. Tomei o pequeno-almoço e fui para a escola.


clip_image002Cheguei à escola e já lá estavam todos, quer dizer todos não, faltava o Flávio mas pouco me importei. Passei a manhã toda em sossego visto que ele não estava por perto.
Chegou a hora de a Madalena ir trabalhar pela primeira vez e fui com ela, já que ela me tinha pedido ontem.
Passado 20 min já nos encontrávamos no estádio. Entramos logo para o bar onde ela iria trabalhar. A empregada que lá estava apresentou-se, explicou-lhe tudo o que tinha de saber, onde estavam as coisas e assim. Pouco depois já estava ela a tomar conta das coisas.
Tânia – Então preparada?
Madalena - Preparada.






Madalena

Estávamos a conversas, já a Tânia estava dentro do balcão comigo. Nunca pensei que houvesse tanta gente a frequentar o bar do estádio mas enfim, deviam ser funcionários. Estava a atender pedido enquanto a Tânia tratava dos cafés e da comida, quando vejo ao longe o Rodrigo com mais uns amigos.
Madalena – Tânia…
Tânia – Sim?
Madalena – Vêm ali o Rodrigo.
Tânia – Estás a gozar, certo?
Madalena – Não. - Ela veio ao pé de mim e pode certificar-se que eu não mentia.
Tânia – E agora?
Madalena – Esconde-te lá dentro. Que agora o bar já está um pouco vazio.
Tânia – Ok. Até já.
Ela escondeu-se dentro da cozinha enquanto eu me pus por de trás do balcão. Ele olhou para mim e pediu aos colegas para esperarem e veio ter comigo.
Rodrigo – Oi!
Madalena – Olá! Por aqui?
Rodrigo – Sim. Viemos ver umas coisas.
Madalena – Ok. Eu vou ter de ir ali atender aquele casal. – Sai e fui anotar o pedido do casal e quando voltei ele ainda estava no mesmo lugar. – Precisas de alguma coisa?
Rodrigo – Hummm! – Percebi logo o que ele que queria dizer ou neste caso perguntar.
Madalena – Pergunta logo.
Rodrigo –Cadê a Tânia? – Perguntou numa rajada. Apenas consegui rir. – Porque é que cê se está rindo?
Madalena – Gostas mesmo dela? – Tinha de lhe fazer esta pergunta. Sabia que a Tânia ouvia o que nós falávamos e assim matei dois coelhos numa só rajada.
Rodrigo – Eu não sei explicar. Ela é especial.
Madalena – Especial, como assim?
Rodrigo – Cê sabe que há aquelas garotas que só falam comigo por ser famoso mas a Tânia não é assim. Ela se está lixando para que eu seja famoso ou não.
Madalena – Pois mas ela é bastante rude contigo.
Rodrigo – Por isso mesmo, cara. Todas as garotas são simpáticas para mim mas ela não. Ela é mazinha pra mim. – Ia-lhe responder mas somos interrompidos pelos colegas/amigos deles. Olho para eles e vejo que eram os mesmo da outra vez, quer dizer desta vez sem o Gaitán.
Luisão – Porque é que cê está a demorar tanto?
Rodrigo – Estava só perguntando uma coisa.
Javi – Me he dado cuenta de la demora. Es la chica del outro dia.
Luisão- Espera lá! Eu estou achando que ele procura a outra garota.
Javi - ¿Como se llama la chica?
Luisão – Tânia. É isso se chama Tânia.
Javi - ¿Cuando nos muestran quién es Tânia?
Madalena – Quando ela estiver aqui. Dão me licença e vou atender as pessoas. Até já.
Sai por detrás do balcão e fui então anotar os pedidos das pessoas. Voltei para detrás do balcão para satisfazer os pedidos e a Tânia já se lá encontrava.


Tânia

Quando ouvi o Rodrigo dizer que eu era especial sorri. Assim que eles acabaram de falar espreitei e pude ver que eles já se tinham ido embora então sai cá para fora.
Madalena – Olha já que o bar está vazio, eu vou á casa de banho no instante.
Tânia – Ok.
Assim que saiu liguei o rádio e estava a dar uma música que gosto bastante Chris Brown – Don’t wake me up e comecei a cantar.
“Too much light in this window, don’t wake me up,
Only coffee no sugar, inside my cup,
If I wake and you’re here still, give me a kiss
I wasn’t finished dreaming, about your lips”.
Estava a cantar quando sou interrompida por uma voz que me faz assustar.



Olá!
Queria agradecer pelos comentários no último capítulo. Muito obrigada.
Gostava também de receber esse feedback neste capítulo.
Queria-vos também dizer que irei ausentar-me durante 3 semanas para um sitio onde a rede da internet é escassa portanto  não sei se conseguirei postar algum capítulo mas vou tentar.
Bjs Tânia

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Selo :)


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Regras:
1) Dizer três factos sobre si.
2) Passar a cinco blogs.
3) Seguir o blog: http://mylove1414.blogspot.pt/

1) – AMO jogar basquetebol
   - Tenho a mania que sei cantar
  - Sei sei amiga mas também sei ser imiga.

2) - http://thefuckingroad.blogspot.pt/


  - http://youremypreciuosocean.blogspot.pt/


- http://guardarparasempre-msunset.blogspot.pt/


- http://lovethewayyoudrawlife.blogspot.pt/


- http://eramumasmerasferias.blogspot.pt/

3) Já segui. Sigam vocês também!
Beijos Tânia

domingo, 15 de julho de 2012

9º Capitulo - “Quero te a ti”


Madalena


Hoje acordei com os meus pais a discutir. Tem sido assim toda a semana. O meu irmão farta-se de chorar mas mesmo assim não param.
Peguei no meu irmão, que tem apenas 6 meses, levei-o para a cozinha e sentei-o na cadeirinha. Preparei-lhe o biberão e depois dei-lhe de comer.
Como era possível a esta hora da manhã, eles estarem a discutir forte e feio. Ao início pensei que fosse mais uma crise no casamento deles, como já aconteceu várias vezes, mas agora penso que o divórcio estaria p’ra vir. Eu não queria que eles se divorciassem. Queria aquela família feliz dos contos. Queria aqueles finais “E viveram felizes para sempre…” mas ao longo dos tempos percebi que isso só acontecia nos filmes e nas histórias das princesas. Quando percebi isso tentei mentalizar-me que na vida real também existe. Acho que esse final existe para quem quer, esse final tem de ser procurado pelos dois, não só por um. No casamento dos meus pais só a minha mãe é que fazia força para que este se mantivesse em pé.
Há muito que deixou de haver amor entre eles. A minha mãe decidiu engravidar a pensar que iria salvar o casamento mas não. Ao início era tudo muito bonito, ia ter um irmão, ia ser muito amado e tal. Seis meses depois a minha mãe está à beira de um esgotamento nervoso, o meu pai prestes a sair de casa e eu a chorar pelos cantos.
Eu teria de desabafar com alguém e esse alguém seria a Tânia. Ela iria compreender-me visto que ela já tinha passado por isso.
Acordei dos meus pensamentos com o barulho da porta. O meu pai tinha saído. A minha mãe veio até à cozinha pegou no meu irmão e deu-me um beijo na testa dizendo que “ Tudo vai ficar bem, prometo.”
Olhei para o relógio vi que já estava atrasada para a primeira aula. Vesti-me e segui em direcção à escola. Quando cheguei à aula esta já estava quase a acabar. Quando acabou a Tânia veio a correr para ao pé de mim. Perguntou-me o que se passava, apenas disse-lhe que agora tinha de falar com o stor que logo lhe contava.
Fui falar com o stor e depois de lhe explicar o que se tinha passado, ele lá compreendeu e não me marcou falta.
Acabei de falar com o stor já a Tânia me esperava. Fomos para um sítio mais escondido e ai contei-lhe o que se passava. Como eu esperava, ela compreendeu e perguntou-me se queria dormir em casa dela, lógico que aceitei, não estava para aturar mais discussões.
O dia passou devagarinho. Não prestei atenção nenhuma ao que os professores falavam.
Fomos para casa dele sem nenhuma abrir a boca. Quando chegamos ela foi ligar à minha mãe a avisa-la que iria dormir em casa dela.
Enquanto ela falava com a minha mãe, eu fui andando para o quarto, quando lá entrei automaticamente olhei para debaixo de cama e reparei numa caixa. Peguei nela e abri-a. Fui surpreendida pelo conteúdo da caixa. Tinha fotos dela com o Flávio. Fiquei furiosa. Como é que ela o queria esquecer se ainda tinha as fotos deles. Assim que ela chegou ao quarto confrontei-a. Depois de ela admitir tudo, tive a ideias de as queimar. Ideia essa que lhe agradou e bastante. Fomos para o jardim e ai queimámos as fotos. Vi que tinha sido uma boa ideia pelo sorriso que ela fez. Um sorriso de alívio.
Vi que ela queria tocar no assunto “divórcio” mas eu ainda não estava preparada para falar nisso. Talvez por isso fui um pouco bruta quando ela falou nisso.
Ela saiu do quarto chateada e com razão. Ela só me queria ajudar. Depois de uns 15 min fora do quarto, ela voltou mas nem me dirigiu a palavra. Foi à gaveta e tirou um pijama para mim.
Ganhei coragem e pedi-lhe desculpa por ter sido bruta quando falei com ela. Coisa que ela percebeu e aceitou o meu pedido. Pouco depois deitámo-nos adormecendo logo.
***
Acordámos e como o combinado emprestou-me roupa. Vestimo-nos, tomamos o pequeno-almoço e fomos para a escola.
Chegamos lá e fomos ter com os nossos colegas e a Tânia como sempre acendeu o seu cigarro.
Pouco tempo depois apareceu o Flávio e aproximou-se dela. Fiquei apenas a ver o que se passava. E a verdade é que eles estavam a pouco centímetros de se beijarem. Mas ele no último segundo deu-lhe um beijo no canto da boca.
Tocou e segui com a Tânia para a aula sem falar do que se tinha passado à pouco.
O dia rapidamente passou e ao fim das aulas estava a falar com a Tânia, quando os nossos telemóveis tocaram ao mesmo tempo, o que achei estranho.


Tânia

Continuação da ligação

- Fiquei com o trabalho?
- Desculpe em informa-la mas não ficou com o trabalho. Mas obrigada por ter vindo.
- Ok. Adeus.
- Tenha um resto de um bom dia.


Fiquei um pouco desiludida. Estava com esperanças de ter conseguido. Mas pronto, não consegui paciência. Fui ter com a Madalena visto que já tinha desligado o telemóvel. Quando cheguei ao pé dela abraçou-me e disse.
Madalena – Fiquei com o trabalho.
Tânia – Que bom.
Madalena – Mas isso quer dizer que…
Tânia – Não fiquei com o trabalho.
Madalena – Desculpa.
Tânia - É parva a miúda, só pode. Agora vais-me pedir desculpa por causa de teres ficado com o trabalho e eu não. Que estupidez.
Madalena – Eu sei. Mas eu queria tanto trabalhar contigo.
Tânia – Deixa lá isso.
Madalena – Amanhã vens comigo?
Tânia – Claro. A que horas é? – Apesar de não ter ficado com o trabalho iria apoiar a Madalena nesta nova fase na vida dela.
Madalena – É ás 15.00.
Tânia – Então fica combinado. Vamos almoçar ao Colombo e depois vamos lá à apresentação.
Madalena – Ok. Mas eu tenho de ir contar a novidade à minha mãe.
Tânia – Ok. Adeus.
Despedi-me dela e fui p’ra casa.
Quando lá cheguei procurei a minha mãe e irmã. Encontrei-as na cozinha.
Tânia – Tenho uma coisa para vos contar.
Catarina (irmã) – O que é que se passa?
Tânia – Lembram-se daquela entrevista que fui?
Mãe – Sim. Aquela em que foste com a Madalena.
Tânia – Eu não fiquei com o trabalho.
Mãe – Oh que pena. Eles não sabem o que perderam.
Catarina – Mas quem é que ficou com o trabalho?
Tânia – A Madalena.
Catarina – A sério?
Tânia – Sim.
Mãe – Mas ela também precisa mais do que tu.
Tânia – Eu sei. Eu não estou triste. Até estou feliz por ela. Ah e amanhã vou acompanha-la lá o coiso.
Mãe – Ok. A que horas é?
Tânia – É às três. Vamos almoçar ao Colombo.
Mãe – Ok. Vai mudar de roupa e vem jantar.
Fiz o que a minha mãe me pediu e mudei de roupa.
Jantei com o tema do emprego sempre no assunto. Mostraram-se solidárias comigo por não ter ficado com ele. Mas vou ser sincera ainda bem que foi a Madalena que ficou com ele. Acabei de jantar e como hoje era a minha vez, arrumei a cozinha e depois fui para o quarto, onde me deitei e adormeci rapidamente.
                            ***
Acordei e como sempre tomei banho. Vesti-me, tomei o pequeno-almoço e fui para a escola.
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Quando lá cheguei já lá estava a turma toda, ou seja, o Flávio já lá estava. Ignorei-o ao máximo mas mesmo assim ele sentou-se a meu lado na aula de Português.
Flávio – Bom dia boneca. – Nem lhe respondi. – Não me ignores.
Tânia – Sabes uma coisa? Eu ignoro que eu quiser.
Flávio – Pára de ser assim para mim.
Tânia – O que é que me vais fazer?
Flávio – Eu conheço os teus pontos fracos.
Tânia – Ui que medo. Poupa-me Flávio, ok?
Flávio – És tão mazinha mas eu gosto de ti assim.
Tânia – O que é que tu queres? – Disse já bastante zangada. A verdade é que já me estava a passar com ele e mais um bocadinho e pregava-lhe um estalo.
Flávio – O que é que eu quero? – Riu-se. – Quero te a ti. – ia responder mas o stor falou.
Stor – Aí a conversa está muito animada.
Tânia – Desculpe stor.
Não falamos mais. Mas o que ele me disse ficou no meu pensamento. Ele deixou tudo bem claro. Ele queria-me de volta. Tocou, arrumei as coisas e sai logo. A Madalena ainda tentou falar comigo sobre o que se tinha passado mas disse-lhe que não queria falar sobre isso.
Depois disso o Flávio não se aproximou mais de mim durante o resto da manhã.
Chegou a hora de almoço e eu e a Madalena fomos almoçar ao Colombo. Ficamos lá até serem horas de ela se apresentar. Dirigimo-nos para o sítio.
Madalena – Vai andando. E diz que eu fui á casa de banho para esperarem um pouco por mim.
Tânia – Ok.
Continuei a andar até que alguém vindo do nada vem contra mim com tanta força que me derruba.
 
 
Olá!
Reparei que os comentários têm diminuído. Não estão a gostar do rumo que a história está a levar?
Também está a decorrer uma sondagem e eu gostava que votassem significaria muito p’ra mim.
Bjs Tânia

terça-feira, 10 de julho de 2012

8º Capitulo – “Queimá-las?!”

 
 
Tânia


Vi que ela ainda estava bastante em baixo. Acho que era normal pois quando aconteceu isso com os meus pais também fiquei assim, quer dizer não fiquei tão em baixo quanto ela, foi mais fácil visto que o meu pai estava em França quando se procedeu o divórcio. Mas acho que ela está pior pois tem um irmão com apenas 6 meses. Agora só tenho de estar lá para ela como ela esteve para mim sempre que precisei.
O dia passou bastante devagar por sinal. Tanto eu como a Madalena durante a viagem para minha casa não falámos. Ela hoje não estava numa de falar muito. Não consegui alegra-la nem sei que notícia a fará sorrir.
Chegamos a casa, avisei a minha mãe que a Madalena iria dormir cá em casa e depois fui ligar à mãe da Madalena inventando a desculpa que tínhamos um trabalho para fazer.
Quando cheguei ao quarto a Madalena estava com a caixa, onde eu tinha as minhas fotos com o Flávio, na mão.
Madalena – Tu andas-te a ver as vossas fotos?
Tânia – Não.
Madalena – Não me mintas.
Tânia – Ok. Peguei nela no dia da entrevista.
Madalena – E posso saber porquê?
Tânia – Porque a encontrei debaixo da cama.
Madalena – E o que foste ver debaixo da cama?
Tânia – P’ra quê estas perguntas todas?
Madalena – Responde, se faz favor.
Tânia – Fui à procura de umas botas e encontrei isso por acaso e vi algumas das fotos.
Madalena – Mas tu és parva, ou fazes-te?
Tânia – Não é preciso ofender.
Madalena – É sim. Estás sempre a dizer que o queres esquecer mas depois guardas as fotos que tens com ele.
Tânia – O que é que queres que eu faça?
Madalena – Olha que deites as fotos para o lixo. Ou melhor que as queimes.
Tânia – Queimá-las?!
Madalena – Sim. Tens de por este capítulo para trás das costas. E se o queres esquecer definitivamente tens de começar pelas fotos, ou seja, queima-las.
Tânia – E onde vamos fazer isso?
Madalena – No teu jardim.
Peguei na caixa e fomos para o jardim. Ela tinha razão tinha de apagas estas memórias. Tinha de o esquecer por mais que me custasse.
Madalena – Vá queima-a. – Disse dando-me para as mãos um foto, em que estávamos ele e eu, e um isqueiro. Olhei para ela. Ela sorriu-me como um sinal de força e depois acendi o isqueiro e queimei a foto.
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Fiz isso, uma a uma e depois de todas queimadas senti um alívio enorme. Fico feliz por ela me ter aberto os olhos. Um enorme sorrido formou-se nos meus lábios. É por estas e por outras que agradeço por ter conhecido a Madalena.
Fomos para dentro de casa. Jantamos entre gargalhadas e depois fomos para o meu quarto.
Eu não queria tocar no assunto mas tinha de o fazer, eu sabia que ela precisava de falar e se tivesse de desabafar com algum esse alguém seria eu.
Tânia – Estás melhor?
Madalena – Melhor do quê?
Tânia – Agora sou eu que te digo para não me mentires. Eu sei que estás mal.
Madalena – Tu não vais compreender.
Tânia – Não vou compreender?! Só podes estar a gozar, os meus pais estão divorciados à 4 anos. Eu sei como te estás a sentir. Eu posso-te ajudar mas só posso fazer isso se tu me permitires isso. Mas se não quiseres falar comigo, estás à vontade não te vou pressionar para o fazeres. - Sai do quarto, fui até à casa de banho, tomei banho e vesti o meu pijama.
Fui de novo para o meu quarto e ela continuava na mesma posição, não lhe disse nada, retirei da gaveta um pijama para ela. Atirei-o para cima da cama para que ela percebesse que o pijama era para ela.
Madalena – Desculpa!
Tânia – Desculpa do quê?
Madalena – Por te ter dito o que disse.
Tânia – Ouve, não tens de me pedir desculpas, eu só quero que fales comigo. Que não guardes tudo para ti. Já me ajudas-te o suficiente, agora deixa-me ser eu a ajudar-te.
Madalena – Eu deixo. Mas ainda não me sinto preparada para falar sobre o assunto.
Tânia – Quando te sentires preparada sabes que eu estarei aqui.
Sorri e abracei-a. Ficamos assim durante algum tempo até que a minha mãe nos veio perguntar se queria comer qualquer coisa antes de dormir, ambas respondemos que não. Ela vestiu o pijama.
Acordámos com o despertador. Ainda era bastante cedo. Fui tomar banho e de seguida foi a Madalena. Como vestíamos o mesmo número de roupa emprestei-lhe uns calções brancos com uma camisola preta e uns Vans também pretos.
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Roupa da Madalena                                          Roupa da Tânia

Tomamos o pequeno-almoço e de seguida fomos apanhar o metro até à escola. Quando lá chegamos juntámo-nos ao resto da turma. Eu como sempre acendi o meu cigarro.
Estava encostada aos ferros quando sinto umas mãos na minha cintura e me sussurra ao ouvido.
… - E que tal deixares de fumar. – Não precisei de me virar. Reconhecia aquela voz até no fundo do mar.
Tânia – O que é que queres Flávio? – Virei-me para ele.
Flávio – Então, venho cumprimentar a turma. E tu fazes parte dela portanto também te cumprimento. – Ainda não tinha tirado as mãos da minha cintura.
Tânia – Tens cá uma lata tu.
Flávio – É, dizem que sim. – Olhou-me de alto a baixo. – Bem me parecia que estavas mais alta.
Tânia – E depois?
Flávio – Pára de ser fria comigo. – Disse já com os nossos lábios quase colados.
Tânia – Eu sou fria com quem eu quiser. - Ele estava a testar o meu auto-controlo.
Flávio – Isso é treta.
Tânia – Treta?!
Flávio – Sim. Ou pensas que eu não sei que só estás a pôr essa faceta por causa do que aconteceu e que no fundo preocupaste comigo.
Tânia – O que acabaste de dizer é que é uma treta.
Flávio – Claro que é. – Disse ironicamente.
Tânia – Como queiras. – Disse tentando afastar-me dele. Mas ele voltou a puxar-me mais para ele e ficamos ainda mais juntos. Ele aproximou a cara da minha e naquele momento pensei que me iria beijar. Roçou os seus lábios nos meus. Fechei os olhos mas quando pensava que ele me iria dar um beijo nos lábios e fez o que não esperava deu-me um beijo bem no canto dos lábios e foi-se embora com um sorriso vitorioso.
Suspirei de alivio pois se ele me tivesse beijado nos lábios teria cedido. Tocou e entrei para a aula.
O dia até passou bastante depressa. Estava a falar com a Madalena quando os nossos telemóveis, por coincidência, tocaram ao mesmo tempo. Atendemos afastando-nos um pouco.

Início da Ligação

-Estou sim?
- Gostaria de falar com a Tânia. Será que é possível?
- Fala a própria.
- Daqui fala Rita Proença. Secretária de Luís Felipe Vieira. Queríamos agradecer-lhe por ter comparecido à entrevista … - interrompi a senhora.
- Fiquei com o trabalho?

terça-feira, 3 de julho de 2012

7º Capitulo - “La chica es muy guapa.”

 
Rodrigo

Estava a entrar no Estádio da Luz com o Nico, o Javi e o Luisão quando vejo a Madalena a sair dele. Assim que vi ela fui correndo ter com ela. Falei um pouco com ela e ainda perguntei se a Tânia também tinha ido com ela a tal entrevista mas como vi ela estava sozinha e indo embora sozinha. Admito que fiquei um pouco triste porque pensei que podia voltar a ver ela mas não. Acho que perdi todas as minhas esperanças de ver ela de novo.
Estava olhando para o nada quando o Luisão me dá um estalo na nuca.
Luisão – Cê estava olhando para onde?
Rodrigo – P’ra lado nenhum.
Luisão – Tá bom. Vou fingir que acreditei tá. Mas quem era a garota?
Rodrigo – A garota é uma amiga.
Javi – La chica es muy guapa.
Nico – Pero el estaba mirando otra chica.
Luisão – Pois era. Uma garota chamada de Tânia .
Javi – ¿Quién es ella?
Luisão – A próxima garota do Rodrigo.
Nico – Aí el amor es tan guapo.
Rodrigo –Não zoem comigo, não. Vamo é para o treino.
Não disseram mais nada pois se aperceberam que eu não tinha gostado nem um pouquinho da conversa. Mas a verdade era essa aquela garota mexeu demasiado comigo. Me vesti para o treino e passei o treino todo no mundo da lua e por causa disso fiquei um pouco mais que os meus colegas, fazendo unas corridinhas de castigo por ter andado distraído. Assim que acabei, fui para o balneário e aí tomei um duche, me vesti. Sentei-me um pouco no banco pensando nela. Estava nos meus pensamentos quando sou interrompido pelo meu telemóvel.
Rodrigo – Âlo?!
Bruno – Estamo todos á sua espera para jantar se despacha sim.
Rodrigo – Não me tá apetecendo, não. Acho que vou deixar para outra altura.
Bruno – Não se corta, vai. Vem se distrair um pouco. Todo o mundo viu que cê estava no mundo da lua.
Luisão – Não estava no mundo da lua, não. Estava no mundo da Tânia. – Ouvi o Luisão falar no outro.
Bruno – Eles também já sabem sobre a Tânia?
Rodrigo - Sabem. Hoje falei a Madalena, aquela garota que te falei que estava acompanhando ela e perguntei por ela e eles ouviram. Desde daí estão zoando com a minha cara.
Bruno – Deixa eles p’ra lá. São uma cambada de babacas. Mas cê vem ou não?
Rodrigo – Hoje não.
Bruno – Ok. Cê é que sabe. Nos vemos amanhã.
Desliguei o telemóvel, não sei porquê mas fiquei sem vontade nenhuma ir ao jantar. Assim fui p’ra casa e ai comi uma sandes de queijo e fiambre e me sentei no sofá ver um pouco de televisão. Não estava conseguido parar de pensar nela, no seu sorriso puro e genuíno. E foi pensado nela que eu adormeci.


Tânia

Cheguei a casa estafada, só me apetecia ir directa para a cama mas para fazer a vontade á minha mãe jantei e de seguida fui logo para o meu quarto, onde vesti o pijama e deitei-me deixando-me logo de adormecer.
Acordei cheia de energia, á muito que não dormia tão bem. Levantei-me, fui directa á casa de banho, lá tomei banho, vesti-me e penteei-me.
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Depois de estar preparada, fui para a cozinha tomar o pequeno-almoço.
Catarina – Bom dia, linda. – Disse enquanto me dava um beijo na testa.
Tânia – Bom dia!
Catarina – Então como é que correu a entrevista?
Tânia – Correu bem.
Catarina - E estás confiante que vais ficar com o trabalho?
Tânia – Nem por isso!
Catarina – Mas tu disseste que te correu bem.
Tânia – Sim mas havia pessoas mais velhas.
Catarina – E?
Tânia – E significa que mais experiência no ramo.
Catarina – Oh! Isso não quer dizer nada. Estou confiante que vais ficar com o trabalho.
Tânia – Pronto, ok. Mas olha, tenho que ir embora.
Saí de casa e fui directa para a escola. Já perto da escola fui ao quiosque do costume comprar um maço de tabaco. Como sempre sentei-me e fumei o meu cigarro acompanhada pelos meus colegas. Desta vez o Flávio nem se aproximou coisa que agradeci pois não tinha pachorra para o aturar. Olhei para o relógio e este marcava 8:00. Depois olhei para todo o lado a ver se via a Madalena mas achei estranho ela hoje estava atrasada coisa que nunca aconteceu desde que a conheço. Como não a vi fui andando para dentro da escola e fui em direcção ao ginásio. Equipei-me mais as minhas colegas e apanhei o cabelo e de seguida fomos para a aula e a Madalena se chegar. Estava a ficar preocupada. Não era normal. No princípio o stor mandou-nos correr durante 10 minutos. Fizemos a corrida e começamos a jogar futebol. Pouco tempo aparece a Madalena e eu como estava a jogar não pude ir ter com ela mas assim que o stor me substituiu fui logo ter com ela.
Tânia – Madalena, o que é que se passou? – Assim que olhei para ela vi que tinha os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.
Madalena – Falamos lá fora, depois da aula. – Disse entre soluços.
Definitivamente ela não estava bem e eu estava cada vez mais preocupada por vê-la naquele estado. Passaram os 45 min que faltavam para tocar. Assim que tocou corri para o balneário e tomei um duche e vesti-me enquanto a Madalena explicava o atraso ao stor.
Quando saí vi que ela ainda falava com o stor e esperei um pouco. Quando acabou veio ter comigo e fomos para um canto mais discreto para que ela me pudesse contar. Chegamos lá ela abraçou-me.
Tânia – O que é que se passa?
Madalena – Os meus pais vão-se divorciar.
Tânia – Calma. Também não é o fim do mundo.
Madalena – Isso dizes tu.
Tânia – Não te esqueças que os meus pais também estão divorciados.
Madalena – Eu sei mas custa tanto. Ainda por cima o meu irmão só tem 6 meses.
Tânia – Mas tens de ser forte por ele e por ti. Não te podes deixar ir abaixo por um mal que aconteceu. Olha que Deus não dorme agora aconteceu-te isto de mal para a próxima pode ser que aconteça um coisa boa.
Madalena - Tens razão. – Disse enquanto limpava as lágrimas e fazia um sorriso forçado.
Tânia – Se quiseres esta noite podes vir dormir a minha casa.
Madalena – Posso? Não vai haver problema?
Tânia – Claro que não.
Madalena – E a tua mãe e a tua irmã?
Tânia - Até parece que elas se vão importar. Sabes que têm sempre a porta aberta para ti.
Madalena – Ok. Vou aceitar.
Tânia – Ao fim das aulas passamos por tua casa e vamos buscar as tuas roupas. Ou preferes que te empreste roupa?
Madalena – Que me emprestes roupa.
Tânia – Ok. Eu depois eu ligo aos teus pais a avisar que vais ficar em minha casa a dormir.
Madalena – Obrigada. Mas agora vamos para a aula que já tocou.